domingo, 27 de janeiro de 2008

07.1.1 - 1978

A principal manchete do jornal Folha da Manhã, do dia 1º de fevereiro de 1978, enfocava o carnaval campista e o forte esquema de segurança que deveria ser montado para dar suporte à população, devido ao tumulto gerado pelo atraso da venda de ingressos para as arquibancadas. Nas páginas 6 e 7 do mesmo dia, o jornal dava ênfase a matérias do bloco “Os Caveiras” e ao saudosismo de algumas pessoas ligadas a dois clubes que marcaram época no carnaval campista, os Plutões e o Macarroni.
No dia seguinte, os travestis viraram notícia e o jornal questionava o seu valor para o carnaval campista, com a seguinte manchete: “Os travestis: autênticos sambistas ou simples profissionais?”. O foco voltava-se para Jolivete Lorenzoni, Joaquim, Ângela Maria (que desfilava no Império do Samba), Ediélio Mendonça, entre outros.
No dia 3, a colunista Maria Ester destacava o carnaval dos colunáveis e o jornal estampava, na página 6, uma matéria sobre a costureira Dona Carli (esposa do famoso Morenito, um dos fundadores da Mocidade Louca) , do Morrinho, que, por amor à escola, confeccionou 200 fantasias em 30 dias, além do fato de a instalação das arquibancadas e da decoração da avenida ainda se encontrar em processo de acabamento.
Considerado uma tradição na abertura do carnaval campista, o bloco “Os Caveiras”, às 10 horas, inicia seu desfile. No dia 4, o jornal publicava uma relação dos blocos de salão dos clubes que desfilariam (como desfilaram) no carnaval, como o Almirante (Saldanha da Gama), Os Piratas, Os Capetas, “Pif-Paf, Os Barões (do Rio Branco), Os Corsários, Os Pingüins, etc...
No dia seguinte, o destaque do jornal Folha da Manhã era o adeus do Lorde Broa no desfile do bloco “Os Caveiras”. Para ele, o carnaval estava acabando porque não existiam (mais) os bons carnavalescos. E confidenciou: “tenho que admitir que o carnaval está acabando, é por isso que me retiro”. Contrariando o que anunciara dias antes, o início dos desfiles dos blocos aconteceu às 20 horas. Apesar da despedida, o Lorde Broa somente saiu do carnaval em 2006, quando faleceu.
No dia 9, o jornal prevê a vitória da União da Esperança e d´Os Psicodélicos, fato comprovado no dia seguinte. No dia 10, o radialista e homem ligado ao carnaval de Campos, Nilson Maria, declarava: “de um modo geral, considerei muito bom o nível do nosso carnaval de rua. É preciso reconhecer que muita coisa se transformou e, na realidade, desfile carnavalesco hoje em dia, é espetáculo”.

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